quarta-feira, 30 de novembro de 2016


O que está perdido, tempo nenhum devolve. O que está perdido não se recupera. Uma mesma curva não se curva de forma igual nem por duas vezes, à segunda vez já a conhecemos.
O meu olhar de hoje não olha como olhava ontem. O meu olhar de hoje viu coisas que ontem ainda não tinha visto.
Hoje não sou igual a ontem, mas sou a mesma. Continuo a mesma - a faltar a umas coisas para não perder as que realmente me fazem falta. Hoje, como ontem, como amanhã, são sempre frutos de escolhas, que são prioridades, as nossas prioridades.
O tempo não se perde, mas perdem-se para sempre as coisas que deixámos de fazer, trocadas por outras, que feitas nesse mesmo tempo, não se perderam.
O que deixámos de fazer, está perdido, tempo nenhum devolve. Fazer ontem não é o mesmo que fazer hoje. Fazer hoje e não ontem é uma escolha, já não podemos fazer hoje, da mesma maneira, o que poderíamos ter feito ontem. O nosso olhar não é o mesmo, já viu que ontem a escolha foi não fazer, foi trocar por fazer uma outra coisa, que era a nossa prioridade. Preterimos, deixamos cair, perdemos o que escolhemos não fazer, mesmo que o façamos hoje.
Hoje já não seria como ontem, amanhã já não será como hoje
No entanto nada muda. Tudo na mesma, ainda que nada igual.

2 comentários:


  1. Bom dia, Vi!
    Sabes o quanto gosto tanto de te ler? E de reler e daí ficar a pensar e a magicar nas tuas palavras! Estou muito agradecida pela escolha que fazes ao escrever neste teu blog.
    Abraço com carinho
    nanda

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  2. :))
    As palavras também magicam comigo... Preciso isso tenho de as desenovelar e estender...
    Ainda bem que gostas do resultado ;)
    Beijinhos
    Vi

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