quarta-feira, 23 de novembro de 2016

...às vezes a vida sabe-me tanto a tão pouco.
Como uma mistura mal misturada
de sonho por sonhar, vida por viver
com sonho por viver e vida por sonhar.
A realidade é tão curta e tão rasteira, 
e, no entanto, é nela que nos afundamos sem fundo e dela nos encurtamos as vistas,
 porque não vemos - ou para não vermos. 
Não vermos tudo o que caberia sem ocupar espaço.


10 comentários:

  1. ...às vezes nessa curta viagem lá acontece a vida acontecer.

    ResponderEliminar
  2. sim, talvez. a mim parece acontecer-me entrar sempre na paragem que me faz sair pouco depois.
    Forma estranha esta da vida acontecer-me desacontecendo.

    ResponderEliminar
  3. Bem, às vezes a vida germina oculta e calada. É nossa obrigação adivinhá-la e antecipar conceitos. Nem sempre se consegue. É o eterno problema dos timings. Às vezes também acontece ser o tempo que está parado e então ai o segredo é estanciar por perto.

    Um abraço, em acontecendo permissão para tal.

    ResponderEliminar
  4. Não tenho esse dom da adivinhação, talvez pense pouco no desenrolar do tempo e só me entretenha a desenrolá-lo a cada momento... falta-me plano estratégico ainda que sempre me acusem de pensar demais, só não nisso aparentemente...
    abraço permitido e retribuído sem devolver ;)

    ResponderEliminar
  5. Não querendo, de todo, roubar a última palavra, devo deixar uma nota que deveria ter sido prévia e não de rodapé e que certamente me dará a absolvição eterna:

    Gosto de ler blogs cuja escrita assume um cariz aparentemente pessoal e ensimesmado. Talvez pelo exercício abstracto da interpretação quase no escuro que tal escrita impõe a quem está do lado de cá e nos leva a debitar uma série de atoardas, das quais achamos estar sempre desculpados por mor da escuridão em que são ditas.

    Outro abraço.

    ResponderEliminar
  6. :)) não rouba nada, essa história da última palavra é boato... não existe, porque na verdade quase nada é definitivo.... e já agora, em havendo essa coisa da absolvição eterna, também quero, ainda que não sinta ter feito nada que mereça absolvição, mas dá-me uma ideia de paz tranquila longe da escuridão em que me ensimesmo, e isso era coisa muito boa. Haverá absolvição da escuridão?...
    (e pronto não há maneira... tenho sempre perguntas a mais quando penso ou escrevo, que me desculpem por isso)

    ResponderEliminar
  7. Há,sim. Em sendo-se a própria escuridão. Mas, atenção que a absolvição é o mais feroz acusador do culpado. :)

    ResponderEliminar
  8. claro que é, só há absolvição da culpa... Mas talvez por isso estamos todos absolvidos de nascença da culpa de sermos quem somos, desde que pratiquemos o crime de conseguirmos realmente sermos quem somos, seja escuridão ou luz. Não sombra ou espelho. ;)

    ResponderEliminar
  9. Durante muito tempo fui,infelizmente,isso que dizes: sombra e espelho. Era culpa é sofrimento. Depois chegou o tempo em que decidi o meu próprio destino.Ganhei asas e voei. Então, por essa lógica,isso faz de mim uma criminosa...ups!Seja como for, I don't care, I love it!e isto sim é definitivo :)))
    Querida Vi, o teu blog mais os brilhantes comentários das pessoas que nele participam, está de cada vez mais interessante!

    nanda

    ResponderEliminar
  10. Dizes bem... Brilhantes comentários ;)) que o tornam interessante...
    Beijo, boa criminosa :))
    Vi

    ResponderEliminar