sábado, 19 de novembro de 2016

Na ronha, com a janela de frente, por onde entra o dia como um intruso que me ronda a janela, escoltado por um pequeno curioso, a especializar-se em voos picados, que não precisa de convite. E eu aqui, no quente dos lençóis dormidos, a tentar não acordar por inteiro. A pensar como é estranha alguma não estranheza das coisas, e como estranho algumas que nada deveriam ter de estranho. As vezes não sei o que pensar das coisas, que nomes lhes dar, talvez precisasse de ler os rótulos, de os ver, eu que detesto  rótulos, que gosto de abrir, ver, saborear, cheirar e tocar para saber o que é - ou inventá-lo melhor - vestir-lhe um nome índio que nos diz de quem veste, que tem uma razão e uma história. Que tem um nome que fala. Depois há coisas sem nome, talvez sejam mudas de história e de coração. Precisam dum rótulo.

2 comentários:


  1. ..."vestir-lhe um nome índio..."
    :)) inusitado e um pouco selvagem, hem??Também quero!
    nanda

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  2. Inusitado sim, selvagem dependerá do personagem... ;))
    Já me puseram alguns nomes que traziam histórias dento, às vezes ainda põem... E eu gosto dessa mania india de as pessoas merecerem um nome de acordo com o que mostram de si.
    Beijo
    Vi

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