sexta-feira, 25 de novembro de 2016


Não sou pessoa de coisas mornas e semi-aquecidas, asfixiam-me, deixam-ne sem ar, como se respirar fosse apenas um inspirar-expirar consciente de obrigação de sobrevivência. Talvez haja quem o faça por instinto, esse mesmo: de sobrevivência, mas nisto tão pouco selvagem, intocado, irracional. Tudo demasiado pensado, arrumado, alinhadinho. Previsível de hora a hora, hábito dia-a-dia, costume de vida que se acomodou para não incomodar. Vida que se esqueceu de viver. Que se esqueceu de experimentar asas. Que se esqueceu que cair faz parte do querer voar. Morno só entre o descanso do quente e a vontade de incendiar, entre o calor que nos respira e o chão frio da queda aspirante a voo. Caímos, mas o chão ampara-nos a subida, em que despiremos o frio que não nos habita a pele. Mais tarde ou mais cedo.

4 comentários:


  1. E que dizes a um tapete felpudo, fofinho, para isolar do frio, e amparar quedas, aquelas das tentativas de voar e as outras (aquelas boas)? Que dizes? Aceitas? Recusas!?
    Beijo, querida Vi.
    Bom fim de semana
    nanda

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  2. Fofinho para amparar quedas e isolar do frio acho óptimo, mas em vez de tapete poderia ser outro artigo menos felpudo e com mais, muitas mais vantagens ;)) claro que não recusaria, querida nanda... Devem é ser artigos em extinção...
    Bom fim‑de‑semana, Nanda.
    Beijo
    Vi

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  3. Claro que são artigos em extinção. Produtos de luxo com tecnologia de ponta. Irrecusável sem sombra de dúvida!!!
    :DDD
    Beijo
    nanda

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  4. :DD
    "Produtos de luxo com tecnologia de ponta".... Ahahah Muito bom!!! ... Sem dúvida.
    ;)
    Beijo
    Vi

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