Se à tua vida, como a uma cadeira, faltam pernas para se manter de pé, enche balões coloridos de sonhos vindos do peito profundo e deixa-os sustentar a verticalidade dos dias... substituir o sol e desfazer-se na boca o sabor do algodão doce duma infância que não tiveste, deixa-os ser o sorriso que te esqueceste de desenhar hoje e a gargalhada que perdeste pela meia dor que lembraste de ontem. Brinca a sonhar, e sonha brincar para sempre. Sonha, brinca e sente tudo - sente-te em tudo. Só não te sentes. Os sonhos não suportam quem na vida se senta. Perdem a cor, e é a intensidade dessa inquietude viva, que não os deixa poisar, e nos levanta. Ou não nos deixa cair.
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