Quanto ao depois... O depois podia ser num alpendre rematado de horizonte por todos os lados, banhado de um pôr do sol quente sobre a terra dourada. Duas mãos agarradas e as outras duas a entreterem a vida: a ler um livro, a fumar um cigarro, a folhear um jornal. A vida dos dias entrelaçada nos dias da vida por aquelas mãos dadas. Depois do sol radiante se esconder para dormir troca-se o alpendre pela plateia da lareira. As mesmas mãos, outro fogo, o mesmo horizonte a bater dentro do peito, outras vontades. Depois? Depois, o mesmo sem ser igual, as mesmas mãos em dias sempre diferentes.
Uma vez disseram-me que só se perde o que se quer, o que se deixa. Talvez seja verdade para algumas pessoas, para mim não me parece ser verdade, infelizmente.
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