sábado, 5 de novembro de 2016




Há dias que não parecendo vazios por fora parecem tão vazios por dentro. Onde o tempo nada às voltas dentro dum aquário vazio sem se cansar. Agitam-se as águas, mas o tempo não se afoga, faz piscinas sem fim sem destino de chegar. Sem dia de onde partir. Sem noite onde aportar. Outros dias há em que um só minuto dá norte, uma só palavra inunda o dia. Há palavras que parecendo nada por fora são tudo por dentro. Norte, partida e destino.
Há dias em que a única navegação da alma é coser palavras a pensamentos e cortar, com os dentes do destino desacontecido, a linha do tempo que os juntou.

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