quarta-feira, 12 de abril de 2017



Quando vi isto e guardei, lembrei-me do Moon... Hoje passei outra vez por ela e deixo-a aqui.

Se a alma hoje me viesse para o lado de fora eu estaria coberta de tempo que passou, muitas camadas diferentes de tempo - os passados são tantos e voltam tanto. Muitas texturas diferentes porque eu sou muitas, eu sou tantas e todas essas que sou me trazem passados que se multiplicam como feridas que abrem na pele de fora para dentro. Abrem, e há dias que crescem.
Hoje o sol não me aquece, a luz não resplandece. Não encontra eco em mim, ainda que toda eu seja paredes.
Hoje vim a viagem em silêncio, cheia de vontade de música. Daquela música que nos dá vontade, vontade de ter vontades, que faz o corpo começar a ondular, o sorriso a dançar e os pés a gargalhar, sem a cabeça dar conta. Hoje queria que a cabeça não desse conta de nada. Que a alma se colasse à pele, que que se colou à música que dançou sem saber... Mas não havia música. Queria que a alma ficasse quieta por trás da lua que não se vê, até ao dia em que se veja o brilhante da lua e o seu avesso, tudo ao mesmo tempo, tudo a um só tempo, como uma só. Como se só houvesse agora.

... Mas isto não era para nada disto, era só para dizer que me ainda bem que o Moon voltou :).... o resto escapou pelos dedos do tempo que me escapa pelos dedos.


2 comentários:

  1. “O que já
    Foi Passado
    Não deve
    Amarrotar
    O Presente.”

    Zack Magiezi


    Pois é Vi, viver é algo tão espantoso que sobra pouco tempo para qualquer outra coisa;)

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    1. Xiiiii.... então é por isso que ando sempre amarrotada!!... o agora não me engoma os dias, deve ser preguiçoso como eu... finalmente percebi ;))

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