quinta-feira, 6 de abril de 2017


Dou por mim a pensar que a minha capacidade de síntese equivale à capacidade sprint dum caracol que não se babe (suponho que ainda andem menos depressa que os outros, né?...). Até na resposta aos vossos comentários escrevo várias vezes (muitas) várias linhas... espraio-me nas palavras como quem estende a toalha na areia dourada duma praia cheia de tempo e de caminhos e de conversas solarengas à sombra das palavras já ditas. Umas palavras - as vossas - trazem ideias e outras palavras agarradas, e, depois, não sei, juntam-se e parece que se multiplicam, e eu, de nada, escrevo parágrafos inteiros... não sei bem como nem porquê, acontece só, como quem desenovela o que já está estendido...  Não é normal, as pessoas normais só têm uma ou duas linhas de comentário. Acho que não sei comentar. Mas não digam a ninguém, que na ignorância desta minha incapacidade nós vamo-nos  entendendendo, sim?

4 comentários:

  1. Em tempos em que a minha caixa de comentários andavam mais tempo aberta do que fechada, os comentários poderiam variar, de parte a parte, de uma linha ao equivalente a um soneto. A normalidade é sempre redutora. A riqueza (e um bocadinho da felicidade, também) está na diversidade. Creio eu.

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    1. Na diversidade cabe o bom e o mau, tem espaço para tudo, e aí reside também o seu encanto, a riqueza penso que talvez esteja no aprender (e parte da felicidade provavelmente estará em gostar do que se aprende) e isso é mais fácil de acontecer com perspectivas diferentes, diversas - concordo. Mas nem sempre o diferente é bom, a diferença parece-me sobrevalorizada, a diferença genuína, e não a usada como ferramenta para atrair atenções, é muito só (e também muito haveria a dizer sobre isto). Neste caso não sei se é bom ou mau, mas lá que é difícil eu responder só numa linha, para mim, muitas vezes (demais), é.
      Bem vindo, caro Xilre ao meu humilde estabelecimento :)

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  2. Essa praia de areia dourada :)
    Minha querida, deixa fluir as palavras que são a voz da tua alma a espraiar-se pelos teus dedos. Adoro sentar-me ao pé daquela palmeira ali e ouvir esse mar que vem de ti.

    ( Não digas a ninguém Vi mas eu apesar de poucas palavras, de normal tenho pouco ;) )

    Nanda

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    1. Querida nanda, deixa-te ficar então, goza a sensação de areia nos pés, o mar vai ondulando por aqui, às vezes encrispa-se um tico, outras espreguiça-se na areia devagar.. ;)
      Beijo
      (Não precisavas de dizer isso... para me leres há tantos anos e acompanhares-me na mudança de blog, era escusado dizer, está diagnosticado há muito: não és normal, mas eu gosto de te ter por cá sempre :) )

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