Limpo o pó ao coração para dentro duma nuvem branca pendurada na janela para que às visitas pareça que a casa está limpa, cuidada, quase imaculada.
Escondo as feridas debaixo do manto da noite para o dia não as ver por sarar. Quando a noite foge para longe de mim entretêm-se com a poeira das estrelas enquanto entretenho as visitas.
Às vezes à pele colam-se-me resquícios de memórias de que me esqueci.
Às vezes à pele colam-se-me resquícios de memórias de que me esqueci.
cada vez que limpo o pó, penso que parte de mim já era :)
ResponderEliminar:))
ResponderEliminar...se calhar tudo o que cai naturalmente é feito para se renovar, mesmo que umas vezes demore mais que outras.
Agora fiquei mais contente com esta ideia... ainda bem que há coisas que viram pó, que caem. Outras nascerão. Afinal até estamos na Primavera!!