Quando a distância afasta nunca se chegou a chegar perto - aquele perto a que só se chega por dentro, sem se saber o caminho que nos lá levou.
Há sítios que por muito que se saia, não saem de nós, voltamos sempre. É porque não deixámos de estar perto nunca.
Depois, há vezes, que percebemos que nunca estivemos perto, que perto é coisa de silêncio a duas vozes, que uma só, e o seu eco nas paredes vazias, não é sombra de distância, é engano que encandeia. E aquece tanto que parece por dentro de perto.
Achei muito bonito isso do silêncio a duas vozes.
ResponderEliminar:)
Sim, é bonito quando uma presença, apenas, é música, ou se sente como sendo, onde o silêncio é partilha próxima e não sinal de afastamento, de distância por percorrer.
ResponderEliminarBom dia, Luisa