Os dias têm passado num instante, sempre com alguma coisa para fazer ou desfazer, a deixar pouco tempo para entreter as ideias nas mãos, as palavras na cabeça. E isso falta-me como uma parte de mim que se sente meio abandonada, meio negligenciada. Esta coisa de escrever é bom para desanuviar, para extravasar o que não se quer, ou não se consegue, conter, mas leva tempo e quase obedece a rituais, rituais de solidão, de sossego. Outras vezes não é tanto assim, aparece-me uma frase na cabeça, as vezes não se quer ir embora, como quem bate numa parede e faz ricochete para voltar a bater e bater, como frases latejantes que não querem deixar de ser sentidas até que sejam sangradas. Escrever é sangrá-las. Com o carrossel que têm sido estes dias não me surgem nem do nada, nem dos bocadinhos que roubamos ao tempo para nos darmos a pensamentos.... E agora esta frase parou-me, estacou-me... O que (nos) roubamos para dar é o que mais queremos, o que mais valorizamos. E é isso que damos. Se pudermos.
se pudesse, vivia só disso...
ResponderEliminare dás tanto, Olvido!
ResponderEliminarboa semana, beijinho
... e devias viver bem certamente, digo eu. :)
ResponderEliminarSerá, Laura? Seria bom sentir isso. Paradoxalmente é o que me faz sentir mais completa.
ResponderEliminarDaria tao mais se a quem eu queria dar me deixasse, ou melhor, tivesse deixado... O que dou parece-me tão infimo...
Boa noite, Laura :)