[De Almada Negreiros, no Museu Gulbenkian]
Vês a outra metade de mim no desenho por desenhar?
Vês a metade que se vê,
Ou a metade que esconde o que quer mostrar?
Vês alguma coisa?
Ou olhas desenhos como quem faz contas num papel amarrotado?
Amarrotas a vista,
ou nasceste de coração amarrotado para apontamentos divinos?
Deitas o céu ao lixo,
Ou só amarrotas
a metade de mim que me faz inteira?
Imperdível... a exposição.
ResponderEliminarEros,
ResponderEliminarVerdade, gostei muito da diversidade, das várias maneiras de olhar e pintar a(s) realidade(s), do mais gráfico e cúbico e analítico até aos desenhos a carvão - meus preferidos, sem dúvida - por ter aquela meia neblina que envolve os personagens e melhor os mostra no que se transmite que são.
Este falou-me logo mal lhe bati os olhos, apontei mentalmente, e sem dar conta, frases que me sussurrou este meio rosto inteiro de olhar. Deixei-as aqui para compor a metade escondida :)