terça-feira, 28 de março de 2017


[desenho de Almada Negreiros, exposição no Museu Gulbenkian]

A outra face de mim, assim, como se não houvesse segredo em ser meio duma coisa inteira, sendo inteira no meio de ti. 
A outra face de mim não sou eu, não é minha, não és - nem foste - meu, e ainda assim não perdi a face face à tamanha desfaçatez de me deixares cama e sonhos vazios, assim, como se toda a minha vida fosse só uma face da tua.

2 comentários:

  1. Quando estamos sós somos metade. Quando éramos dois queríamos ser só um.
    É uma equação difícil sem dúvida. :)

    ( desenho maravilhoso)

    Abraço

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  2. Esse teu comentário lembra-me outra fotografia que tirei desta exposição (tirei fotos a uma capa dum livro e a 4 desenhos, um já cá pus, outro apareceu numa publicação dum certo e "Impontual" blog há dias ;), este que achei poético e onde li nitidamente entre as linhas do desenho "a outra face de mim", mais um desenho com fundo de frases uma das quais me prendeu) - uma capa dum livro, que me chamou a atenção, mas com a qual não concordo... eu não acho que dois devam querer ser "um"... a não ser que seja "um" par. Pode ser que ainda aqui a traga...
    As equações do que queremos são sempre difíceis desequilíbrios equilibrados em momentos...
    E sim, este desenho é maravilhoso :)

    Bom dia, Impontual

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