sábado, 10 de dezembro de 2016


[Clarice Lispector faria hoje anos.]
Compartilho este medo de um dia deixar de sentir, de ver a vida de régua e esquadro, de entender o fio invisível que explica o caminho que liga o passado ao futuro e nos revela à laia de algoritmo previsto e previsível. Por muitas perguntas por responder que tenha, talvez perguntar seja o motor dos dias. Quando só tiver respostas anoiteço-me sem sequer questionar o luar, sem contar as estrelas que me faltaram mapear dum olhar perdido no caminho que não sei onde me levou, nem o que me levou.

4 comentários:

  1. eu também não quero parar de fazer perguntas e de questionar respostas.

    bom sábado :)

    beijinho

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  2. Nem eu... Mas às vezes desespera ter tão poucas respostas, e, mesmo essas, darem outras perguntas para se validarem... É sempre uma obra inacabada, como nós, na verdade.
    Agora, , com o avançado da hora, já respondo: bom domingo ;)

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  3. Eu costumo dizer que pior que sentir, é não sentir. Depois disso é o vazio a comer-nos.

    Um beijo, Olvido. :)

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  4. Sim, Alaska, também penso assim muitas vezes, mas às vezes pergunto-me se esses dentes não se sentirão menos, na pele e na alma, do que os outros que nos vão rasgando em pedaços... Mas não temos escolha, acho que é, acima de tudo, um problema da natureza de cada um, há uns que vêm com os sentires desregulados e sem termostato que os desligue em sobreaquecimento (há até quem nestes casos escolha sítios muito frios para compensar, Alaska, vê lá tu!! ;)))) )Temos de aprender a viver assim, que fazer??
    Beijinhos, Alaska.

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