sábado, 31 de dezembro de 2016


Apanhei esta foto por aí e lembrei-me da expressão que há muito não lembrava nem pensava: "que pontes atravessar e que pontes queimar". Que pontes apenas usar e deixar, que pontes queimar sem nunca atravessar e quais as que depois de atravessadas são queimadas para não permitir retorno.
Há pontes que depois de queimadas nos ficam atravessadas, mas estão para sempre vedadas, resolvidas. Penso que neste 2016 houve pontes que foram atravessadas e queimadas. Mas, agora ao pensar nisto, pergunto-me quem as queimou, concluo que as queimei depois de queimadas. 
Há sítios de mim onde não voltarei, há recantos que se perderam para sempre, de que me perdi eternamente. Mesmo sendo meus, mesmo sendo eu, havia pontes a atravessar para lá chegar, as pontes foram queimadas e desapareci de mim para sempre. Há novos caminhos a trilhar, outros tantos cantos por descobrir, tanto de mim por cuidar. Mas não quero mais pontes para mim, não pontes que possam ser queimadas. Não pontes que me possam ficar atravessadas, trespassadas no tempo.

2 comentários:

  1. Eu gosto de pontes, mesmo daquelas que me desapontaram. Sem elas, não seria a pessoa que sou hoje. Talvez para tudo haja um sentido...

    Que 2017 seja um bom ano, Olvido :)

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  2. Sim, tudo faz parte do caminho que nos define, verdade :)
    Bom ano Miss Smile :)

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