"pus a mão na boca para
amordaçar a dor, mas
era tão mais forte que
mesmo a mão gritou."
Bénédicte Houart
A dor, como o amor, não se amordaça.
Não se prende nem se aquieta.
Gritam ecos nocturnos
que o sol mais radiante não emudece.
Falam diferentes línguas pela mesma boca.
E mordem-nos com dentes de punhal,
enterram-se fundo até onde somos
essência encolhida e entorpecida,
à espera que a vida passe sem nos atingir.
Para não amarmos, para não doermos.
Amar por vezes também dói, mas tudo que faz doer cura...
ResponderEliminarBom dia Vi:)
sempre ouvi dizer que o que arde cura, agora o que dói não me parece que funcione da mesma maneira...
EliminarBoa noite, Legionário :)
a dor não se amordaça. essa não me sai da cabeça... levei a frase para a cama e apliquei-a (a frase) a uma sonsa da fraguesia
ResponderEliminar:))) teste empírico hein?
Eliminaro abstrato é um bocejo. no fundo, sou um proletário
EliminarNão concordo contigo, o abstracto é um mundo de possibilidades de concretização...
EliminarA dor aprisiona, se deixarmos. Há quem diga que não podemos negar a dor. Deve ser enfrentada com coragem...
ResponderEliminarE é essa coragem que me falta.
Beijos Olvido
Não podemos negá-la, nem há mordaça que a cale, porque nos fala, nos grita, pelo lado de dentro. Acho que as vezes o melhor é rendermo-nos a ela durante algum tempo, deixarmos que nos varra para depois de nos ter dominado, nós a dominarmos, e aí nos libertarmos dela, ou dos seus piores e mais gritantes efeitos...
Eliminarbeijo, JI