sábado, 10 de março de 2018

[foto @silverspies]

Duas janelas para o mundo. Um livro e uma janela, um tempo indeciso entre o sol piscar os olhos e a chuva dobrar a esquina, o cinzento pinta as paredes das ruas, e a casa torna-se íntima cúmplice e quente. 
Um livro a dez páginas de acabar e a inquietação de escolher o seguinte, qual o próximo mundo por onde vaguear, por onde parar para ver paisagens e interrogar-me vidas que não pensei. Frases que fazem cócegas à alma, este ambiente perfeito de fechar o livro e pensar no que nos ficou das palavras, enquanto bebemos qualquer coisa quente, um café, um chá, um sonho por adoçar. Tanto por onde escolher quando se quer outra vida na vida que escolhemos. Para fugir dela e assim gostá-la melhor. 

6 comentários:

  1. ando nessa fase :) escolher uma outra vida na vida que escolhemos.
    Olá :)

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    1. Olá desaparecido ;))
      ... sabes acho que chega a uma altura em que temos de o fazer, readaptar-nos, fazer outra vida da vida que escolhemos. :)) às vezes também lendo os livros certos ajude, nos sirvam vidas que não conhecemos, quem sabe?
      Bom resto de fim-de-semana ;)

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  2. Provavelmente já leste, mas o próximo poderia ser este: "Moderato Cantabile" da Marguerite Duras.

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    1. O próximo acabou por ser “Complexo de Sagitário” do Nuno Júdice que trouxe quando resolvi comprar o novo de poesia dele... mas esse não li e fiquei curiosa. Da Duras acho que só li um.

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  3. Então coloca este da Duras na tua lista. Penso que vais gostar;)

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