Chove na varanda, estamos em julho e chove enquanto me enrosco numa manta no cadeirão protegido da chuva. Parece que afinal as coisas mais certas não se acertam. Chuva fora do tempo, um vírus que nos pôs em casa, em retiro, uns meses, é que continua a fazer das suas. Já não há nada certo ou seguro. Nunca houve. A segurança não é mais que uma sensação e eu já aprendi há tempos que sensações, por muito que todos os sentidos concordem e assinem por baixo, não são verdades, e muito menos irrefutáveis. A segurança é uma sensação porque o medo é uma realidade insegura. Não há vacinas para o medo, muito menos para a mudança. Vamos aprendendo que é assim, quem aprende, quem não aprende acha que em julho não chove assim. Porque não, porque as coisas não são assim.
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