[de Nicoleta Vacaru]
E, no meio da multidão, eu vi-te. Não te procurei, não te encontrei, saltaste-me aos olhos de repente; com tal nitidez e clareza que percebi que não consegui deixar de ver - depois, até mesmo de olhos fechados, eu via. Via-te, vejo-te. Como se não fosse possível voltar a fechar os olhos. Onde não se distinguia nada, não se via nada, eu vi-te. Não te procurei, não te encontrei, estiveste lá sempre, mas só depois ficaste. E, no meio da multidão, no meio do nada que é tudo, eu vi-te, como se tivesses sido desenhado para o meu olhar. Como se só eu, no meio da multidão te tivesse visto, no meio de tudo e de nada, para sempre.
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