Há dias em que apetecia chegar a casa e ir para a varanda aninharmo-nos na noite, numa noite de verão, quente, de céu e peito aberto. Despir o frio da alma com o silêncio como agasalho, ou numa conversa que aconchega. Mas está frio. E quem não desiste pega numa manta e faz dela verão. Há muita coisa assim na vida. Só não sei se a manta é a desistência da noite de verão, ou se é insistir nessa ideia e agarrarmo-nos às conversas ou aos silêncios, ou ao que nos sabe a agasalho, ou à noite que nos apetecia.
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