terça-feira, 18 de agosto de 2020

my wheel of love

[há dias, a conduzir, a caminho da praia, peguei num cd mal arrumado no porta CD´s, ou melhor que não foi arrumado, foi fechado, há tempos, onde os olhos não chegassem, e não mais foi mexido. Não me lembrei, ou a música da rádio não me apetecia, já não sei, mas tirei o porta CD´s, entalado entre o banco e a porta - onde costuma estar quieto e sossegado - e pus o CD que estava fora do sítio. Verdade que antes de deixar o leitor engoli-lo vi que CD era, mas não o troquei. Deixei. O sol e o caminho apeteceram-me assim. Muitas vezes o que não tem razão de ser é a melhor razão para ser.
Oiço esta música e fala-me de afastar, de combater a morte, todas as mortes, tudo o que nos impede de viver, e como essa tarefa se assemelhará realmente a empurrar o céu.]

2 comentários:

  1. "Muitas vezes o que não tem razão de ser é a melhor razão para ser", gostei bastante desta tua frase, e também gosto imenso das músicas de Nick Cave, e por falar nele já leste um livro dele com o titulo: "E o burro viu o anjo"?
    Acho que até hoje nunca li nada igual ou parecido com esse livro.

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