segunda-feira, 10 de agosto de 2020

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Estou que não me posso, estava tão bem sem trabalhar no meio de gente maluca...
É que não me apetece mesmo... irra que irritação, e eu que até gosto do que faço, estou longe daqui, ou apetecia-me estar...
acho que aqueles dias em retiro no Alentejo tão lunar, me fizeram sentir mesmo que se calhar a minha vida terá de passar por algo daquele género. 
Um sítio com céu sem fronteiras e olhar desafogado... Só me falta o holandês (ou outra nacionalidade qualquer, não sou esquisita, embora possa parecer) para, com charme e cabelo grisalho, ser anfitrião comigo, e à noite contar incontáveis estrelas em silêncio, navegar os céus nocturnos, embarcado comigo numa rede que baloiça silêncios; e durante o dia tomar conta de algumas coisas, rondar os bungalows e tratar da manutenção, a parte de andar sempre a meter conversa com as hóspedes é que acho que não vou gostar, nada, mesmo nada... 
Mas ficou-me na ideia, cada vez mais, que uma coisa assim podia fazer parte da minha minha, e talvez mais feliz. 
Olho para o meu monte encaixilhado aqui no escritório, e cada vez me faz mais sentido. 
Só tenho de dar tempo ao tempo, e daqui a algum começar a procurar. O monte, o monte...o resto não se procura.

2 comentários:

  1. Que delícia de relato!
    Que a vida te sorria e encontres o monte almejado!
    Dias bons!

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    1. :) obrigada, Esquilinha e bem vinda, não é o meu monte (ainda) mas é o meu cantinho ;)

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