penso aquelas mãos
Perfeitas para minhas mãos próximas
Para me conhecerem a pele perto,
Talvez não por dentro, talvez...
quero crer que há coisas
que podem florescer de fora para dentro.
E sempre me encantei por mãos.
E sempre gostei daquelas
E sempre me encantei por mãos.
E sempre gostei daquelas
E sempre que as tenho ao alcance da mão
Ponho a minha pele à distância...
onde estará a perfeição dumas mãos
a que a pele é indiferente, surda e muda?
E no fim de tudo
onde estará a perfeição dumas mãos
a que a pele é indiferente, surda e muda?
como se fosse um sentido sem sentidos?
por que as penso sempre perfeitas?
por que as penso sempre perfeitas?
Porquê?
se a cada vez a minha pele as ignora e foge.
E assim insisto no que nunca foi,
se a cada vez a minha pele as ignora e foge.
E assim insisto no que nunca foi,
Pensando sempre que poderá ser
E continuo sem saber porquê
Parece perfeito
Mas não me sabe a perfeito
Senão à distância duma ideia.
E a pele tem ideias próprias,
E vêm de dentro, por dentro
Parece perfeito
Mas não me sabe a perfeito
Senão à distância duma ideia.
E a pele tem ideias próprias,
E vêm de dentro, por dentro
Tocam-nos para nos deixarmos tocar
E no fim de tudo
Chego a casa e não chego a saber
Se quero saber o sentido
Da perfeição duma ideia
Sem sentidos
[adoro a foto... sempre gostei - tanto - de emoldurar o rosto com as mãos em ternura, para mais aconchegar o beijo... também não sei porquê, mas faz-me todo o sentido aos sentidos, todos]
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