segunda-feira, 24 de agosto de 2020

A fumar o último cigarro do dia, lá fora, enquanto tentava apanhar os restos do dia, da vida, em pensamentos soltos, fugidios, ao mesmo tempo pensava como raio me esqueci do vinho e hoje quando fui tentar comprar...tudo fechado por aqui, pois. Há coisas imperdoáveis, que combinam tão perfeitamente que uma sem a outra ficam mancas... Assim que acabei de apagar o cigarro, as luzes exteriores apagaram-se... e todo o céu cresceu. Não consegui evitar rir-me... tinha pensado nisso: a que raio de horas fecharão as luzes? Não sabem que assim tiram palco ao céu? Às estrelas? 1:24 era quanto marcava no meu relógio, e deixei-me estar, como a quem acabaram de abrir a cortina para o segundo acto. Estico mais o pescoço, empino ainda mais o nariz ao céu, e sem me dar tempo de acomodar a posição, cai uma estrela no meio do céu, mesmo por cima do meu nariz, senti-me invadida por uma alegria estranha, fechei os olhos depressa para pedir um desejo, que na verdade era um dois-em-um, e pensava eu estas matemáticas estelares, quando apanho outra a cair, mesmo onde o céu acaba para os meus olhos. Estamos saldados, deves-me dois desejos :) agora vou dormir. Até amanhã, agora já sei a hora, e com um copo de vinho, espero ;)

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