Na tua cama?
Disse palavras líquidas, deleitosas, ásperas
Obscenas, porque era assim que gostávamos.
Mas não menti gozo prazer lascívia
Nem omiti que a alma está além, buscando
Aquele Outro.
E te repito: por que haverias
De querer minha alma na tua cama?
Jubila-te da memória de coitos e acertos.
Ou tenta-me de novo.
Obriga-me.
Hilda Hilst
“Meu amor carnal e obsceno... Um desejo de posse, de trazer o outro para capturá-lo.” Para prendê-lo a si, um certo desejo de pertença, n posse. De ser de alguém e de sentir alguém nosso. Completamente, inevitavelmente. “E nessa troca de prazeres queria que soubesse q estava disposto a tudo para a fazer feliz”
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