quinta-feira, 7 de setembro de 2017

[foto @davidbenolielphotography]

O amor comeu a minha paz e a minha guerra,
o meu dia e a minha noite, o meu inverno e o meu verão.
Comeu o meu silêncio,
a minha dor de cabeça,o meu medo da morte.


João Cabral de Melo Neto


[Depois de se sobreviver a um amor que morreu, percebemos que morreu também a diferença do dia para a noite, que se resolve num interruptor, que a paz e a guerra é uma diferença de ruídos, o inverno difere do verão só em camadas para despir, o silêncio esvazia-se e a cabeça, como o resto, não se sente. Percebemos que o amor levou tudo, até a morte.
Depois de nos comerem a vida e o depois roer os ossos, já não se sente a morte.]

3 comentários:

  1. O amor não acaba...mas também não sobrevive sozinho.

    Bom dia, Vi:)

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  2. Ai Legionário, não concordo... infelizmente o amor sobrevive tempo demais sozinho, e essa é uma, senão a principal, das razões para acabar. ;)
    Bom dia Legionário

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