[foto @_georgemayer]
Havia nela uma escuridão
que luz nenhuma tapava,
que luz nenhuma tapava,
como uma réstia de noite
que nunca amanhecia.
que nunca amanhecia.
Estava-lhe nos movimentos desabridos
onde se fechava,
onde se fechava,
no andar ligeiro que lhe pesava,
até no riso franco que nunca sorria...
até no riso franco que nunca sorria...
como que uma dor muda
em cada encanto.
em cada encanto.
Que bonito texto, Vi
ResponderEliminar:)
Algo misterioso assim entre o concreto e o indefinido. Fez-me recordar o poema "Amo-te sem saber como" do Pablo Neruda
"Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio
ou seta de cravos que propagam o fogo:
amo-te como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.
Amo-te como a planta que não floriu e tem
dentro de si, escondida, a luz das flores,
e, graças ao teu amor, vive obscuro em meu corpo
o denso aroma que subiu da terra.
..."
Beijinhos
Nanda
Gosto muito de Neruda... e esse poema é lindo :))
ResponderEliminarbeijinhos