... de vez em quando o meu sol põe-se a norte. E a luz, a luz não é tão mansa na despedida, mas parece saber-me igualmente doce. Talvez esta doçura menos mansa, duma graça menos delicada, tenha um encanto doutra força. E eu gosto. E gosto de ouvir as conversas com pronúncia, de muitas expressões, do assobio de alguém para chamar o homem dos chapéus porque ouviu a conversa de quem não sabia assobiar alto e bom som, das pessoas sempre cheias de coração na boca, e normalmente com o coração a bater no sítio certo.
Às vezes o sol põe-se a norte. E às vezes é o sítio certo.
Pronúncia do Norte
ResponderEliminarGnr
Há um prenúncio de morte
Lá do fundo donde eu venho
Os antigos chamam-lhe reilho
Novos ricos são má sorte
É a pronúncia do Norte
Os tontos chamam-lhe torpe
Hemisfério fraco outro forte
Meio-dia não sejas triste
A bússola não sei se existe
E o plano talvez aborte
Nem guerra, bairro ou corte
É a pronúncia do Norte
É um prenúncio de morte
Corre o rio para o mar
Não tenho barqueiro
Nem hei-de remar
Procuro caminhos
Novos para andar
Colheste os ramos
Onde pousavam
Da geada, ás pérolas
As fontes secaram
Corre o rio para o mar
E há um prenúncio de morte
E as teias que vidram
Nas janelas
Esperam um barco
Parecido com elas
Não tenho barqueiro
Nem hei-de remar
Procuro caminhos
Novos para andar
É a pronúncia do Norte
Corre o rio para o mar
Boa tarde, Vi:))
E os caminhos têm maneiras de nos encontrar :)) como o rio corre para o mar. Vamos acreditar que sim ;))
EliminarBoa noite, agora, Legionário
Respira-se tão bem por aqui :)
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