segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Talvez não seja o tempo,
Mas as mágoas a indiferença o desamor
Que embaçam o teu rosto 
Nas fotografias, que nunca tirámos,
Que eu guardei
Talvez agora, porque me embaçaste o amor,
no espelho também já não me veja a mesma,
Talvez deseje que algum espelho, desembaçado de mim,
te devolva o que és - mesmo.
Talvez...
Talvez espere que o tempo te dê o que mereces 
Talvez já não te deseje
Talvez já não espere nada

A não ser, talvez, a certeza de não te esperar.


2 comentários:

  1. a certeza de não se esperar qualquer coisa já é bom, dependendo se quisemos muito essa coisa.
    faço muitas vezes esse exercício. :)

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  2. Laura,
    É só já essa certeza que espero e que preciso. É a liberdade última que me falta.

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