quarta-feira, 15 de janeiro de 2020


“o amor é um cego com uma arma na mão”

Benjamin Prado

[Leio isto e para mim o amor é um velho cego  - às vezes sábio, outras só cansado. 
Haverá aqueles casos em que parece que tem Parkinson e outros Alzheimer... dependendo da vítima, ou dispara em todas as direcções, ou esquece-se de que já atirou, ou onde... 
Não sei o que prefiro, mas o olvido encanta-me, por ter o poder de encantar vezes sem conta, como a primeiríssima vez. O Parkinson tem aquela pontaria (in)certa, de hoje dizer-se a alguém que não se pode, ou consegue, viver sem, mas uns meses, ou até semanas, depois já estão apaixonadíssimos por outros, e a fazer planos para uma vida futura ( e não é o caso de se esquecerem, ou sequer desorientarem, pelo contrário, é a orientação perfeita da fila que anda).
...não sei mesmo o que preferiria, ou onde mora a felicidade... 
...mas uma coisa é certa, o raio do velho tem um sentido de humor filho-da-mãe.]


Sem comentários:

Enviar um comentário