Já tão avançado o inverno, e tão recente o ano, mas hoje estreio o calor da lareira, na noite que achei certa, em que a preguiça foi vencida pela vontade de entreter os olhos nas danças do fogo e aquecer o corpo neste calor crepitante. Ficar-me aqui, assim, a medir o silêncio a espaços de palavras encadernadas, com a parede debaixo dos pés, como o costume nocturno destas andanças, e um ou outro cigarro que arde em conversas que não se dizem. Só falta aqui uma coisa... e apetecia-me. Como também me apetecia dormir aqui neste chão aquecido de fogo.
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