segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Espectáculo de dança da miúda, três horas dele. Desta vez a primeira parte dedicada ao ballet quase toda. Dei por mim a pensar que nunca vi um bailado à séria, duma boa companhia. 
E que tenho saudades do ballet e da música. E que me ponho a olhar para os pés das bailarinas e a atentar numa série de coisas, em vez de olhar para o todo e apreciar a coisa doutra maneira.
Gosto de dança, sempre gostei, e sinto falta de dançar... dei por mim, mais uma vez, a abanar-me durante o espectáculo da miúda, que não enveredou pelo ballet e em que a música tem tudo de diferente. É engraçado como num espectáculo cheio de miúdas, algumas mais graúdas, a sensualidade transparece tão evidentemente em algumas, e no entanto a sensualidade não tem de ser tão evidente, e haverá muita escondida na timidez de não querer sobressair, de insegurança de se parecer ridícula (e às vezes ser ou tornar-se), de não sabermos como nos vêem. Tantas vezes as evidências se disfarçam, se encobrem, já o ser ridículo é difícil disfarçar, evidentemente. Embora os próprios, poucos se dêem conta. Ainda que não tenha sido o caso, não houve ali ridículos, só um espectáculo comprido que me levou a outras paragens de mim e do tempo, monólogos mudos que aproveitaram a música para dançarem :)

2 comentários:

  1. "... só um espectáculo comprido que me levou a outras paragens de mim e do tempo".
    E quando assim é Vi, vale sempre a pena:)

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    1. Claro que valeu a pena, vi a pequenitates dançar, só por isso valeria sempre a pena ;))

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