domingo, 29 de dezembro de 2019

[foto @veziphoto]

Acordei com várias coisas em modo carrossel na minha cabeça, mesmo sem querer, estive a disseca-las, a escrevê-las sem letras preto no branco ( ou vice-versa), percebi que foram coisas que eu já sabia, mas que só os meus silêncios me foram dizendo. O silêncio só nos diz o que nós  já sabemos, só ainda não dissemos.  Mas há dias em que não nos apetece escarafunchar feridas, arrumar interiores, não nos apetece abrir cicatrizes, não nos apetece voltar a um passado que nunca teve futuro e de que já não queremos presente. Então há que aproveitar o sol para levantar o olhar, há que buscar o azul para empinar o nariz para o céu, vestir umas calças de ganga e um camisolão e ir caçar um café numa esplanada solarenga. 
Poiso os olhos nesta imagem, guardada há tempos, e sempre me sugere a mesma frase  dos Argonautas (é daqui que a conheço, mas sei que a história da frase é longa e antiga) “Navegar é preciso, viver não é preciso” - naveguemos, que a água desvia-se dos obstáculos, correndo sempre, a vista é (quase) sempre sublime, e a viagem é uma e a mesma a cada dia.

4 comentários:

  1. Pois é Vi, navegar é preciso;)
    Aproveita este maravilhoso Sol:)

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    1. Parece que o ano vai mudar em modo solarengo :))
      Naveguemos este sol, então ;)

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  2. Olvido,
    tanto se poderia dizer sobre essa frase, mas viver não é também navegar?!
    Deixa que o sol te aqueça a pele e te traga sorrisos.
    Bom domingo.

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    1. É verdade, muito se pode dizer da frase, e eu diria que sim, navegar é um modo de viver, é esse modo como se leva a vida que faz a diferença, acho. Entre o levar tudo demasiado a sério (a fio de espada como diz a minha mãe que eu faço muitas vezes) ou navegando a correnteza (que nem sempre é bom, as vezes leva-nos onde não queremos). Há muitas interpretações e a história da frase é longa, pelo pouco que li sobre o assunto.

      Boa semana, Perséfone :)

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