sábado, 7 de dezembro de 2019


Amanhece-me a cada noite
Entrega-me o dia inteiro
Noite fora
Que cada dia
é noite fechada
Abre-me
Agarra-me
Arranca-me a escuridão
Desta luz
Com a tua fome
Que é minha
Inunda-me de ti
Até ser hoje o amanhã
Que já não esperamos

4 comentários:

  1. A ausência das tuas vírgulas e de qualquer sinal de pontuação desabrocham um poema cativante que não se confina a qualquer cativeiro.

    Tão, mas tão bom!

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    1. Só dei conta com o teu comentário da falta de pontuação. E isso não tem nada de bom...
      Isto foi escrito às escuras, com o último cigarro do dia, só fui escrevendo as frases que o silêncio ia ditando, ao seu ritmo. Talvez também a ele, as vezes , lhe falte a pontuação, para que cada um leia ao seu ritmo, como quiser. Isso é sou uma naba na pontuação, nem me lembro dela quando falo sozinha, que é como quem diz, quando escrevo sem filtros.

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  2. Bom dia Vi, continua (e bem) a escrever sem filtros;)

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    1. :)) bom dia, Legionário.
      Sem filtros, por vezes é perigoso... outras ficam só a faltar vírgulas e afins ;)

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