quarta-feira, 29 de agosto de 2018


“(...) concupiscência e ternura, dor e gosto furioso de viver, fome violenta de vulgaridade bem como de carinho, sede de um segundo de prazer, bem como de eterna posse.”

Milan Kundera, in A Brincadeira 

Fecho o livro, ou fecha-se-me aos meus olhos sem dar por isso, por causa daquilo - fica-me a navegar as ideias sem razões, em total ausência de razão, só fica. Não me lembro de ler resumo tão perfeito do que seria amar com toda a pele uma alma. Porque é isto - para mim pelo menos - a ternura que não desfaz o desejo, o amar a alma através do corpo, desejar a pele, mais além do desejo, pelo que guarda no seu por dentro. E a força selvagem - furiosa, como diz Kundera - do querer, do querer a pessoa inteira. Quase como um engolirmo-nos  e fazermo-nos parte do que não tem partes. Assim não tem.

2 comentários:

  1. "Sim, é louco. O amor ou é louco ou então não é nada." Milan Kundera, in A Vida Está Noutro Lugar

    Bom dia, Vi:)

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    1. :)))
      Um dia cheio de boas loucuras para ti, Legionário;)

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