terça-feira, 19 de junho de 2018


[Pierre Lefebure]

Não sei onde guardas a tua essência,
se no canto esquerdo ou recanto direito,
superior ou inferior, 
se guardas no bolso de fora ou de dentro, 
ou se no avesso da luz.
Sei que da essência não se foge,
dista-se para se regressar.
Sei que a essência é epicentro
Resta saber se és terramoto 
ou mera réplica duma ausência
que já não abala.

6 comentários:

  1. Que seja um terremoto desfragmentado em doces réplicas ;)
    Beijoca de bom dia, Olvido

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    1. Há bons terramotos, deliciosos, depois há as réplicas que às vezes se tomam por terramotos.
      Eu agora quero uma coisa à séria ;))

      Bom dia, Perséfone

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  2. Seja o que for, pouco ou muito, já foi algo! Agora depende do que lhe vais pedir para ser!

    boa tarde agora Olvido

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    1. Pedir?? mas... eu lá sou mulher de pedir??? nahhhh...posso arrastar-me pelos cantos mas não peço a ninguém para me ser algo, além de ser perfeitamente inútil tal pedido - há coisas que se só surgem a pedido não são verdadeiramente sentidas - eu nunca quereria nada que não fosse espontaneamente dado. Quando se tem de pedir já se perdeu o que havia a perder. Não vale a pena.
      Portanto, se for, quem ou o que for, será. Desde que seja. Verdadeiramente.

      Boa tarde, Corvo :)

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  3. Pedir...não foi nessa forma...Destino, não pessoa em si mesmo!

    ps: e pelo que vou lendo por aqui, mesmo que fosse de carne e osso, mesmo que ele quisesse ser tudo verdadeiramente, ainda haveria a parte de decidires o que quererias que ele Te fosse!

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    1. ahh.. destino, a esse também não vale a pena pedir nada, é surdo e só faz o que quer. Diz que no fim havemos de entender... mas quem é que só quer entender no fim? hum?

      ps: se ele quisesse querido ser tudo verdadeiramente, tinha sido.

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