[foto @mannatjphoto]
Às vezes ardem-me os poemas
na ponta dos dedos,
como um incêndio.
Alexandra Malheiro
[Para os esfriar sonho que pego no teu coração.
Eu não esfrio, mas ele aquece.
Lembro-me que é um sonho,
que não tenho o teu coração.
Acordo sem deixar o sonho,
mas deixo-te cair aos meus pés, sem partir.
E parto. Deixo-te inteiro no chão, e parto.
Mas há partes de mim que ficam.]
Deixamos sempre partes de nós com quem já não está por perto. Penso que a dor tem o poder de fragmentar as pessoas. E nem sempre essa mudança é boa.
ResponderEliminarBoa noite Olvido :)
Às vezes perdemos partes de nós que nos fazem falta, que nos criam vazios que não podem ser preenchidos ou que acreditamos que não serão preenchidos. Pode não ser bom, mas raramente será escolha nossa.
EliminarBoa noite, JI :)
Por vezes...existe uma grande ânsia de retorno a um tempo em que não são necessárias escolhas, livre de remorsos da inevitável perda que todas as escolhas (embora maravilhosas) possam implicar.
ResponderEliminarBom dia, Vi:))
Sim, acho que chamam a isso o síndroma do Peter Pan, eu às vezes só queria descansar um pouco, é certo, mas não, não abdicava de exercer o meu direito à escolha, não tenho ânsia pelos tempos em que não era eu a fazer as minhas escolhas, não. Pelo menos naquilo que está nas minhas mãos escolher... ahhhh quero ser eu a escolher. Fazendo asneira ou não, pelo menos a asneira é minha, e com total propriedade ;)) ... lembra-me o que costumo pensar e dizer, prefiro que me detestem pelo que sou do que me adorem pelo que imaginam que possa ser. Só quero o que é verdadeiramente meu, basicamente ;))
Eliminarbom dia, Legionário
Como diria o Barthes, "a linguagem é como uma pele. É como se tivesses dedos de palavras ou palavras nas extremidades dos dedos". ;)
ResponderEliminarA pele é toda uma linguagem... e normalmente precisamos calar as palavras para a ouvir melhor. Não há palavras caras nem nacionalidades, ainda que haja pronúncias ou dialectos íntimos. E não mente, nem dá azo a mal-entendidos. ;))
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