[foto de Andrew A. Amundsen]
Dantes o sexo não era a melhor parte. Dantes não havia uma parte melhor, esta ou aquela, não havia partes - estar juntos, sem partes, em qualquer parte, era sempre o todo. E era o melhor. E era tudo.
E o melhor que eles tinham, agora, era o sexo. E eles, agora, nem sequer tinham sexo, realmente, verdadeiramente. Era uma coisa sem casa, sem tecto, mas em qualquer canto onde coubessem os dois e o desejo. E o sexo que não era sexo, era uma coisa de pele e de prazer. Sem pele, sem corpos colados em nudez, mas com tanto prazer, cumplicidade, intimidade. Quando as mãos, os beijos e o silêncio dizimavam todos os muros, eles encontravam-se como dantes, davam-se inteiros, abraço feito mundo. Momento nascido eternidade. E era a melhor parte. Agora havia partes. Como se o todo se tivesse partido. Em partes. E o sexo era a melhor parte. Mas nem havia sexo. Só partes. Partes de tudo que faziam outro todo em tudo.
Talvez essa parte seja uma forma de manter o resto. Talvez seja o corpo a dizer ao coração e à cabeça que as várias partes podem funcionar.
ResponderEliminarInfelizmente também sei que de vez em quando a única parte que funciona é o sexo. E acho que é por ser a parte mais fácil...
Bom dia Olvido :)
Curiosamente só acho a parte do sexo fácil se houver todas as outras. Por isso me dizem muitas vezes quadrada... Mas é coisa para que preciso de intimidade e cumplicidade, pelo menos por enquanto ainda não consegui que fosse doutra maneira.
EliminarBoa tarde, JI :)
Não olhes para trás, vive o presente e não penses no futuro...se tiver que ser, será!
ResponderEliminarFaz a tua parte e deixa o destino resolver o resto.
Olá Vi, bom fim-de-semana:))
Sabes que é o que tenho feito?... não pensar no futuro. Talvez porque tenha tendência para analisar o passado e perceber que não vale muito a pena. É aproveitar o que se puder aproveitar como se puder aproveitar, e o resto logo se verá!
EliminarBom fim-de-semana, Legionário :))