quarta-feira, 19 de julho de 2017
[ imagem de une femme mariée, Jean-Luc Godard]
se o meu amor o pagas com indiferença,
é indiferente as saudades que sinto,
e se as sinto calo-as.
troco-as por cubos de gelo nas pálpebras,
onde poisavas os teus beijos,
portas da minha alma,
por onde entras sem pedir licença.
dizem que o frio do gelo,
faz esquecer a dor, ou a dor esquecer
que não me pagas com o teu amor o meu,
então,
amor com amor se paga
indiferença troca-se por indiferença
saudades mentem-se com saudades caladas
e o frio que me dás ofereço-to ao cubo
(Tantos anos depois de o ter escrito como se fosse ontem, encontrei-lhe o encaixe perfeito... fosse tudo assim na vida...)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
E não é que Godard encaixa mesmo bem aqui?...
ResponderEliminarSe bem que o gelo, noutra perspectiva (lá está) mais fogosa do Amor, se revela um contraste extasiante... ;)
Bom dia, Vi.
As perspectivas mais fogosas do amor, tanto como as menos (parece-me), são feitas de contrastes que se fundem, que encaixam, que se complementam... mas tudo na medida certa, afinal o fogo derrete o gelo e muito gelo pode extinguir o fogo... e depois ainda há o gelo seco que queima tanto como o fogo... como em quase tudo, depende de como se olham as coisas, mas sim percebo o que dizes... :)
EliminarBom dia, Eros
Pois é..."fosse tudo assim na vida".
ResponderEliminarBom Dia, Vi:))
:) sempre atento aos pormenores das frases despercebidas... mas sim, foi o que senti e pensei: fosse tudo assim, mesmo que levasse tempo que houvesse, e se encontrasse, o encaixe perfeito para a nossa poesia ou falta dela...
EliminarBom dia para ti, Legionário :))
muito bonito, Olvido...
ResponderEliminarÉ antigo, mas lembrei-me dele mal vi a imagem.
EliminarObrigada, Laura