Procuro-me nos postais de paisagens óbvias de desertos que já foram oceanos, perco-me na névoa dos dias claros como quem entra num labirinto à procura dum mapa. Sei onde quero ir, não sei por onde chegar. E não chegando não me sei. Sei que o mapa sou eu e o labirinto sou eu, mas não sabem um do outro e eu não sei onde pus a chave dos dias que trazem no horizonte os versos que os sobrepõem e me destrancam para o que sempre fui. O reverso do verso é a poesia dos dias que me escorre por entre os dedos.
Onde é que está aquela camada de instantes que nos contém e estende ao mundo? Que é pele que sente o por fora e fala por dentro?
O Fio de Ariadne dá tanto jeito estas situações :)
ResponderEliminarBom dia, Olvido! Que seja luminoso!
O problema do fio de Ariadne é que te leva ao sítio de onde partiste, e se calhar também não é lá a tua morada de pertença... aqui é mesmo desvendar o labirinto é sair pelo lado de lá do futuro, onde se é o que sempre se foi duma maneira que nunca chegámos a ser... Ainda. O problema é chegar lá...
EliminarBom dia, Eros - O Territorial... :)) não fiquei convencida, nadinha mesmo. Território é propriedade... mas pode ser que um dia ainda desate palavras nesses nós...
Não ligues aos Eros... esse gajo tem a mania de reescrever conceitos... o louco ;)
EliminarAhh os loucos essa cura da sanidade doentia ;) mas conceitos são sempre bons motes de discussão.. acho eu, que gosto de alguma loucura...
EliminarOlá querida Vi!
ResponderEliminarEssa menina da foto (podias ser tu :) ) vejo trazer ao peito pendurada num fio de seda a chave que procuras. Ao seu lado olha, uma bússola e a Poesia fazem-lhe companhia. Como quem está preparada para magníficos horizontes.
(Adorei a foto e o texto)
Bom fim de tarde, Vi!
E um beijo
Nanda
Também adorei a foto, Nanda :) .. mas eu já não sei o que trago ao peito ou dentro dele, mas tenho a sensação muitas vezes que me sento ao lado de bonecos :D
Eliminarbeijo, doce nanda