domingo, 7 de fevereiro de 2021

[não sei de quem é a foto, mas apaixonei-me por ela, e sei dum sítio onde ficava bem, assim a preto e branco e em dimensões generosas, pendurada na parede ]


Domingo. A amálgama de ternura que a paixão deixa nos corpos, esparramados e estarrecidos. Embrulhados e envolvidos em silêncios como hinos ao amor, diálogos inconfessáveis e inexplicáveis, orações de pele a um deus só nosso. 

Há dias - ou momentos até, que são como dias inteiros -, que não se explicam, onde cabe o tempo de gostar e desejar, pleno, inesgotável, que correm a vida toda, imóveis, completos. Como se amanhã fosse outra vez domingo, por momentos, e sem ninguém saber. Ou daqui a pouco, entre ir deitar o lixo e ir buscar lenha. Ou entre uma linha que se lê e outra que nos perdeu. 

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