És a carne dos deuses,
O sorriso das pedras,
E a candura do instinto.
És aquele alimento
De quem, farto de pão, anda faminto.
(...)
Miguel Torga
és tudo o que não existe,
a não ser quando estás,
quando estás, tudo é possível
impossível, só não estares
e não estando tu, tudo é impossível
as pedras riem como tu,
a pele roga a deus
que lhe mate os instintos
e a fome, de que se quer faminto
contenta-se com pão
como alimento de um sonho
que não existe.
como tu.
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