Acabar o último cigarro do dia e do maço, sentada no degrau da minha varanda, a sentir o frio na ponta do nariz e do lado de fora da manta. E estava a apetecer-me o ar frio da noite, em que se sente mais, se gosta mais do calor da manta que nos abriga, nos protege. Não vejo a lua, não lhe sinto o olhar poisado nas sombras, que se transformam em prata, em que deixam de ser sombra e ainda assim não deixam de ser penumbra. Há muitas coisas assim, suponho. Amanhã começa outra semana, ainda que diferente das outras, o dia não começará tão cedo e não acabará com uma caminhada fria junto ao rio. Acabará aqui provavelmente, onde estou, a pensar no amanhã que não me apetece particularmente... apetecia-me estar confinada, debaixo do vasto céu alentejano, sem ter de pensar em trabalho e em tudo que nos espera depois destes tempos. Não é pessimismo é só fruto daquele defeito que não raras vezez me apontam da fria lucidez. E para isso falta-me uma manta.
Um xi coração quentinho e que não te falte nunca "agasalho"!
ResponderEliminarEsse agasalho é precisamente o que mais me falta, pode ser que um dia destes deixe de faltar (nessa altura podia confinar-me outra vez, mas muito melhor ;) ), ou eu ajuste o termostato e prontosss não há mais frio!
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