A minha mesa junto ao vidro, o meu chorão do outro lado da rua com os primeiros raios de luz a dourarem as folhas, os meus croissants, este meu tempo só meu, de coisas minhas como as palavras que meço comigo. O autocarro na paragem à hora certa em que eu penso na vida - esta hora nestes dias. Este tempo tão cheio de coisas minhas, tão minhas e que são de toda a gente. Toda a gente as vê? Ou cada um vê à sua maneira e às vezes isso é não ver nada? Como tantas outras vezes, noutros lados, noutras horas, eu não vejo nada, pior, às vezes não me vejo na correnteza louca dos dias e muitas vezes não acho isso pior... já é janeiro, já mudei de ano, (sem me dar conta que o fazia) já balanceei em meia dúzia de parágrafos dez anos de vida - ou de morte, às vezes parece de morte - o meu mês também já acabou, já não espero mais dele. Agora a loucura começa e eu vejo-me menos, e talvez não seja pior a loucura estar nos dias e não em mim. O autocarro parte, é a hora dele, e a minha.
Sentir a batida da vida é vital, de preferência sem pressas Vi:)
ResponderEliminarTens razão. Já não sinto a minha há algum tempo, e faz-me muita falta.... o tempo deixa de ter significado.
EliminarBom fim de semana, Legionário :)
Parabéns atrasados, prontx! ;)
ResponderEliminar:)) obrigada
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