domingo, 31 de janeiro de 2021

 

E então? Era isso?

Só quando se tem o que se queria ter é que sabemos se realmente o queremos, ou melhor, se é o que precisamos para sermos felizes. 
Normalmente, quando desejo a alguém que seja feliz, quando acho que realmente o merecem, não lhes desejo o que querem ou pedem, mas o que precisam. Outras vezes há, em que desejo que as pessoas tenham exactamente aquilo que escolheram... que é como quem diz que tenham o que mereçam, seja lá isso o que for, como quem lava disso as suas mãos, até no que se lhes deseja diz respeito. Mas é raro fazê-lo, normalmente nestes casos não digo nada, penso e calo. Mas já aconteceu dizê-lo. 
Já eu, não tenho esse problema, raramente tenho o que quero, o que desejo, logo é difícil saber se o que quero me faria mais feliz, ou não. Ainda assim, tudo são escolhas, mesmo que escolhas limitadas ao que  está ao alcance das nossas opções, as alternativas que podemos escolher. Nem tudo está nas nossas mãos, às vezes nem o que desejamos.

(não sei se era suposto ser uma pergunta, mas quando li, foi assim que li, como questão. mas pode bem ser uma afirmação: lembra-te quando querias o que agora tens, dá-lhe valor. Também pode ser assim, mas eu talvez continue afinal uma moça de perguntas, apenas diferentes. E habituada durante tanto tempo a não ter respostas, em vez de as esperar, procuro-as na própria origem da pergunta, em mim. Quantos de nós saberão realmente do que precisam para ser feliz? Conseguimos ir além da educação que nos deram, das normas que a sociedade impõe, e que nos restringe? Do que pensamos poder escolher ou estar ao nosso alcance? Quanto do que precisamos queremos, e quanto do que queremos, realmente precisamos? Quanto do que tens, quiseste? E quanto do que queres, realmente precisas? Quem és realmente? Quantos sabem responder?)

2 comentários:

  1. Somos seres insatisfeitos... De facto, penso que é tão importante agradecermos por aquilo que almejamos e temos...
    Deixaste-me a pensar!

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    1. Também fiquei a pensar... será que sabemos o que realmente precisamos para ser felizes? E será que é isso que almejamos? E se o que já pedimos foi isto, estar mais em casa com as pessoas que nos estão próximas, ter mais tempo para usufruí-las? Mas agora temos e não queremos, e será só pela razão por que está a acontecer, ou porque simplesmente afinal estávamos enganados, mais tempo piora, o defeito não era esse? E quantas vezes só percebemos o que tínhamos depois de perder? Enfim, tudo para resumir, será que nos conhecemos realmente ao ponto de sabermos do que precisamos?

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