[@ondejazzmeucoracao]
Este tempo fechado há tantos dias abre a melancolia, uma certa doçura triste, uma certa disposição para cair para dentro de tudo. De nós, do tempo que passa, do cinzento que os olhos comem quando olham pela janela. Se posso estar à lareira com um livro e tempo meu, espreguiça-me a alma, e entre páginas sorrio em memórias que não tenho, imagino passados diferentes como os futuros que não viverei. O tempo que não existe, não corre, não é vivo, torna irrelevante olhar para trás ou para a frente. Há sítios em nós que nunca terão bússola, ou sentido, ou tempo. Aí, há rios que sobem montanhas e chuva que cai do chão. É o que quisermos, é o que virmos, até um céu azul na manhã de hoje, enquanto bebo o café à janela da varanda com vista para o computador. E tudo é uma certa calma e sossego.
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