terça-feira, 30 de abril de 2019



Abro o peito
cheira-me a terra remexida
à força de arrancar raízes.

Troncos grossos
Que a terra não cedeu,
decepados rente ao chão
Como tambores
Discos riscados
ecoam memórias ocas
Cada anel um sorriso morto
Por enterrar.

Abro a janela
entra um frio
entranhado no tempo
Fecho o peito
Não há tempo
Só frio


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