domingo, 28 de abril de 2019








O título puxou-me "Estamos focados naquilo que queremos ou no que os outros acham certo?”, é uma pergunta muito pertinente, e de repente fez-me pensar e repensar algumas coisas, talvez as expectativas sejam uma espécie de medos, também nos bloqueiam, nos condicionam, nos prendem em teias que nós mesmo tecemos.
Vale a pena ler a entrevista, apanhei isto por aí no fakebook, e não tenho alergia a livros de "auto ajuda". Haverá de tudo como na farmácia e como sempre, mas podem ser escritos por pessoas que sabem do que falam. É talvez uma espécie de noções/ferramentas de psicologia expresso (neste caso não é psicóloga, mas coach e explica a diferença), mas não têm de ser ocas por estarem generalizadamente simplificadas, depois a inteligência de cada um (aqui às vezes a porca torce o rabo, pois...) servirá para reflectir e retirar disso o que ajudar. Ou simplesmente para pensar sobre os assuntos sobre outras luzes. Não me parece que sejam receitas ou mapas do tesouro, mas também é certo que nunca cheguei a mais do que folhear algum... 
Neste caso fala-se de mudança, de insatisfação, do marasmo que uma vida se pode tornar. E eu que estou no vértice de várias mudanças, umas já decididas e concretizadas, outras para breve, gostei de ler a entrevista. Fiquei a questionar-me se também já andaria insatisfeita há muito tempo. É estranho perguntarmo-nos algo que parece que deveria ser de resposta imediata, intrinsecamente sabida e conhecida. A verdade é que mudei o que tinha de ser mudado, cumpri o que estava a sentir (como sempre fiz) e a pensar - deixei de escavar o mesmo buraco -, resta saber se isso por si só leva consigo a insatisfação e o marasmo. E se nos perdoamos não termos feito mais cedo o que havia para fazer e perceber.
O tempo tem de fazer assentar o tempo do que foi, ainda não houve tempo, mas há que abrir novas janelas e deixar que a vida entre. Outra vida. Outras vidas.

[e a vista da janela da cozinha já mudou, vejo flores novas e laranjas de cor viva. A resposta à mudança pode ser um não, mas ela acontece com ou sem a nossa  resposta ]

2 comentários:

  1. Olá Vi, tudo começa por sairmos da nossa zona de conforto...ou não;)

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    1. Dizem que é saindo da zona de conforto que nos conhecemos verdadeiramente, e que crescemos. Parece-me ter lógica. Mas é sempre um desconhecido que assusta, isso é verdade. Às vezes até a ideia de nos conhecermos realmente assusta... e se nos decepcionamos?
      Mas às vezes nao há como contornar, e temos de enfrentar. O que for, será.
      Bom resto de domingo, Legionário :)

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