quarta-feira, 16 de junho de 2021

 Já não basta os dias que saio de casa às sete e meia, nos dias em que saio às nove fico a trabalhar até agora. Acabada de fechar o maldito portátil venho para a varanda… ao tempo que não faço isto… sabe Deus porquê, bem eu também sei mas para o caso não interessa nada. O certo é que aqui estou, sentada no degrau da varanda, a sentir a humidade do ar recém lavada, o brilho das ruas acabadas de luzir, e agora mesmo um flash enorme sem sítio certo no céu. E outro. Agora aquele rosnar dos deuses em teatro de fúria quase amansada. E fumo um cigarro enquanto penso para quê… não faria melhor ir direitinha para a cama? Amanhã de manhã responderei prontamente que claro que sim, minha estupida… agora digo só que há preços que se pagam, e dez minutos de silêncio acompanhado de relâmpagos enquanto queimo um cigarro e penso parvoíces só minhas valem a pena. Hoje acho que será o único tempo meu, e faz-me falta. Ou eu gosto. Haverá diferença? Ou sentimos sempre falta do que gostamos? Ou gostamos mais daquilo que nos falta, porque andamos distraídos? Olha outro. 

2 comentários:

  1. Estados de espirito ao rubro, com trovões pelo meio;)
    Olá Vi:)

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    1. O vento assista-me muito, a trovoada não. E o som assim meio abafado e estrondoso era um som imponente mas não tão perto que fizesse estremecer. Se não estivesse tão cansada tinha ficado a apreciar mais uns dez minutos :)
      Olá, Legionário:)

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